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quinta-feira, 21 de junho de 2012

MULHERES NUAS, PROTESTAM CONTRA A RIO+20

ImageRIO — Entre uma reunião e outra, o negociador-chefe do Brasil, embaixador Luiz Alberto Figueiredo, disse ao GLOBO que o documento final da Rio + 20 só será conhecido na manhã de terça-feira. Isto porque o texto continua sendo discutido e as reuniões deverão terminar tarde da noite.
— Estamos equilibrando os descontentamentos, para que todos fiquem contentes —afirmou o diplomata.
As negociações a portas fechadas no Pavilhão 5 estão avançando, mas é grande a expectativa se realmente o documento será fechado nesta segunda-feira. Se depender dos negociadores brasileiros sim, até porque, como disse há alguns dias Figueiredo, chefes de Estado “não gostam de negociar textos escritos por burocratas”.
Apesar das críticas disparadas pelos negociadores da sociedade civil e pelas organizações não-governamentais (ONGs), o chefe do secretariado da Rio+20, Nikhil Seth, estava bastante otimista com o processo negociador, liderado pelo Brasil:
— A impressão geral é que, na verdade, o pequeno rio de acordos se transformou em uma grande inundação.
Ele reafirmou, com outras palavras, o que já vêm sendo dito pelos diplomatas nos últimos dias:
— Não há mais tempo para sofisticação linguística, temos que nos deter na análise de questões maiores, no trabalho em grandes blocos de textos — disse Seth.
A opinião do chefe do secretariado da Rio+20, no entanto, não é consensual.
— O que deve sair da Rio+20 não é documento, é uma carta de intenção — avalia Renata Camargo, coordenadora de Políticas Públicas do Greenpeace, comentando que, com exceção do Acordo de Proteção dos Oceanos, o documento que deve sair da Rio+20 demonstra que os “chefes de Estado não estão muito dispostos a imprimir a urgência necessária para enfrentar a crise ambiental”.
As estratégia de propor um documento limpo é, na avaliação, de Aron Belinky, integrante do Comitê Facilitador da Sociedade Civil Brasileira na Rio+20, uma “estratégia perigosa”.
Fonte: O Globo

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