Elize Ramos Kitano Matsunaga, 38, confessou em depoimento ter matado e esquartejado o marido, Marcos Kitano Matsunaga, 42, diretor-executivo da empresa de alimentos Yoki. Ela está presa em São Paulo desde a noite da última segunda-feira. Em depoimento ontem, Elise disse que matou o marido após uma discussão conjugal por conta de uma infidelidade.
A mulher afirmou também que foi agredida por Matsunaga antes do crime e que agiu sozinha. O rastreamento do celular mostra que ela esteve na região onde partes do corpo da vítima foram deixadas. Apesar disso, a polícia ainda investiga o marido de uma empregada de Elize, suspeito de ter ajudado a desovar o corpo.
“Ela disse que não teve a ajuda de ninguém e que fez tudo sozinha, mas nós vamos checar todo esse depoimento. A investigação ainda não está terminada”, afirmou o delegado Jorge Carrasco, chefe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Uma testemunha de Cotia – loca onde foi desovado o corpo – diz ter visto quando um motociclista jogou os sacos plásticos azuis onde estavam pedaços do corpo do executivo. O empresário havia desaparecido no dia 20 de maio. No dia seguinte, o primeiro pedaço de corpo foi encontrado. A última parte a ser achada foi a cabeça, que permitiu o reconhecimento da vítima pelo seu irmão, no dia 28.
A prisão temporária de Elize foi prorrogada por mais 30 dias, conforme anunciou o advogado Luiz Flávio Borges D’Urso.
Indícios
Segundo a polícia, Matsunaga era colecionador de armas e, após seu desaparecimento, Elize entregou à Guarda Municipal de Cotia algumas armas que pertenciam a ele para que fossem destruídas. Entre elas estava uma de calibre 7.65, idêntico ao usado no tiro à queima-roupa que atingiu o lado esquerdo da cabeça da vítima.
Carrasco disse também que no apartamento do casal existem várias geladeiras, “verdadeiras câmaras frigoríficas”, que estão sendo periciadas. A polícia acredita que as partes do corpo de Matsunaga ficaram em algum tipo de refrigerador antes de serem jogadas em Cotia.
No imóvel, a polícia também encontrou sacos de lixo idênticos ao usado para embalar o corpo da vítima. Segundo o delegado Carrasco, são sacos muito incomuns, provavelmente importados, que possuem um filete vermelho na extremidade.
Os peritos que analisaram as partes do corpo afirmam que os cortes foram feitos com extrema precisão. A polícia afirma que Elize, que é bacharel em Direito, possui curso técnico de enfermagem. Além disso, ela é beneficiária de um seguro de vida feito recentemente pelo executivo, no valor de R$ 600 mil.
O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
Esse foi o primeiro depoimento prestado por Elize Ramos, que até então vinha negando qualquer envolvimento no crime. A polícia, porém, já havia dito que as investigações apontavam que Marcos traía a mulher e que o crime teve motivação passional. Ele desapareceu em 20 de maio.
Saiba mais
A polícia analisou as imagens de câmeras de segurança do prédio onde o crime foi cometido. No último sábado, o casal, a babá e a filha do casal chegam ao apartamento por volta das 18h30min. A babá é dispensada e vai embora logo em seguida.
Cerca de uma hora depois, Marcos desce até a portaria para pegar uma pizza. Ele estava com a mesma roupa encontrada pela polícia nos locais onde pedaços de seu corpo foram deixados.
Às 5 horas de domingo, a babá chega ao apartamento, ao qual ela possui acesso limitado, não podendo circular por todos os cômodos.
Por volta das 11h30min, Elize desce até a garagem, com três malas.
Às 23h50, ela retorna sem as malas. Elize afirmou que após atirar na cabeça do executivo, arrastou o corpo até o banheiro da empregada, onde fez o esquartejamento. Partes do corpo foram armazenados nos refrigeradores do apartamento. A arma utilizada foi um presente do marido.
As três malas que aparecem com ela em imagens das câmeras de segurança do prédio foram usadas para fazer o transporte do corpo.
fonte: o povo online
Nenhum comentário:
Postar um comentário