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sábado, 30 de junho de 2012

Fortuna perdida por Eike paga a Copa de 2014

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Acumuladas do início do ano até esta sexta-feira (29), as perdas das empresas de energia, mineração e logística, o grupo EBX, do megaempresário Eike Batista, somam praticamente todo o volume de dinheiro que o Brasil gastará com a Copa do Mundo de 2014.

Veja o que Eike deixou de comprar com as perdas

Enquanto o TCU (Tribunal de Constas da União) calcula o orçamento dos jogos de 2014 a R$ 27,4 bilhões, a queda de R$ 259 para R$ 195 nos preços do petróleo e o recálculo do volume de exploração da exploradora OGX, na qual Eike detém 57%, converteram-se em uma perda de R$ 26,4 bilhões – diferença que quase equivale à reforma do Maracanã, estádio que vai sediar a final do torneio.

O montante de R$ 8,25 milhões perdido pelo grupo EBX só na última quarta-feira (27) é superior aos investimentos estimados na concessões dos aeroportos de Guarulhos e Brasília somados, da ordem de R$ 4,7 bilhões e R$ 2,85 bilhões, respectivamente. Os aeroportos serão ampliados e aperfeiçoados para a Copa.


Com a desvalorização de adicionada a prejuízos anteriores de R$ 22,8 bilhões nos últimos meses, a fortuna do empresário deve estar em torno dos R$ 34,6 bilhões – riqueza próxima ao que o minerador mexicano Alberto Bailleres Gonzalez se sustenta na 38ª colocação da famosa lista dos bilionários da Forbes. No último ranking, o brasileiro está em 7º colocado.
Decepção na Bovespa
E as quedas não pararam por aí! Ontem (28), as empresas do grupo 'X' mais uma vez lideraram as perdas do índice, com OGX desabando 19,2%, a R$ 5,05, seguida por MMX, que caiu 17,0%, a R$ 5, e por LLX, com queda de 8,07%, a R$ 2,05.

Nos dois últimos pregões, a ação da OGX derreteu quase 40%, após a empresa de petróleo e gás divulgar na noite de terça-feira dados de produção muito abaixo do esperado pelo mercado, levando analistas a questionar as bases do programa de crescimento das empresas do grupo.

De acordo com fontes do mercado financeiro, tem investidor grande que não quer mais ficar na empresa de jeito nenhum, o que leva a ainda mais ajustes no papel. Os analistas acreditam, no entanto, que a ação deve encontrar um patamar mínimo de acomodação.


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