fonte: Rafhael Borges
A ponte sobre o córrego Lagoinha, entre os municípios de Nerópolis e Petrolina de Goiás (60 km de Goiânia), tem um buraco que ocupa quase metade da pista e coloca em risco quem precisa passar pelo local, na GO-080, uma das principais rodovias do Estado para escoamento da produção agropecuária. Ao lado passa um trecho da ferrovia norte-sul.
A Agetop (Agência Goiana de Transportes e Obras) havia previsto o início das obras para 25 de março, e término, para o final de maio. A contenção da erosão de sete metros de profundidade só começou esta semana. Os ribeirinhos contam que o volume normal de água é baixo, mas que no período chuvoso já viram muitas enchentes. E que a última, no começo do ano, teria causado o desmoronamento e acentuado o assoreamento do córrego.
Enquanto isso, a travessia dos veículos continua sendo realizada apenas no sentido Petrolina-Nerópolis. No período que a reportagem do UOL permaneceu no local, muitas imprudências foram observadas. Mesmo com placas de sinalização indicando a erosão e o tráfego em meia pista, os motoristas avançam em alta velocidade.
Há aproximadamente duas semanas, um motorista perdeu o controle do veículo e bateu nas placas utilizadas para sinalizar o buraco. Segundo o Corpo de Bombeiros, ele teve ferimentos leves. E em cima da ponte é possível senti-la tremer quando passam os veículos.
Final de agosto
O pecuarista Antônio Gonçalves, que passa pela ponte em direção ao norte do Estado quase todas as semanas, disse que a situação preocupa. “Além de o tráfego ser intenso e já estar nessa situação há muito tempo, em vésperas de feriado, como hoje (quarta 6), temos de ficar parados esperando para passar. E ainda correndo o risco de vir alguém em alta velocidade e bater em quem aguarda a travessia”, disse Gonçalves.
A obra, que tem como principal eixo um muro para conter a erosão, só deve ficar pronta no final de agosto. Uma placa da Agetop determina prazo de 60 dias para a conclusão. A agência informou que o atraso de dois meses foi devido à falta de maquinário para ser enviado ao local e às demoras dos processos licitatórios, mas que as obras seriam iniciadas ainda nesta semana.
Trabalhadores que pediram para não serem identificados afirmam que sempre há atrasos e que em menos de 70 dias é impossível terminar os trabalhos
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