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terça-feira, 5 de junho de 2012

População em Santo Amaro se revolta e expulsa Ciganos


População em Santo Amaro se revolta e expulsa Ciganos


         
Durante a tarde de hoje, a população de Santo Amaro viveu momentos de revolta com a morte de Divaldo Ribeiro Maia Filho, 41 anos, conhecido também como "Bicuri" que segundo informações da Central de Policia, ele era proprietário de um lava-jato na avenida Rui Barbosa, ao lado do acampamento onde moravam alguns ciganos na cidade.

Por volta das 14h00 "Bicuri" se dirigiu até um grupo de ciganos em um bar localizado próximo ao seu lava-jato a fim de cobrar por serviços prestados a um dos ciganos que ali estava, e segundo populares o cigano respondeu que iria em casa pegar o dinheiro e voltava.


Na volta, o cigano veio armado e baleou "Nicuri" com dois tiros, um no pé e outro no peito, com os quais a vitima veio a falecer ainda no local, logo depois o assassino fugiu em um corsa sedan branco.

Revoltada a população saqueou e queimou os dois acampamentos de ciganos que existiam nesta avenida e atearam fogo nos moveis encontrados no local, em cima da via, bloqueando o tráfego de veículos durante horas e forcando os ciganos a fugir daquela localidade. 

A policia foi chamada, mas, diante da fúria da população, estimada em mais ou menos 600 pessoas, somente conseguiram aos poucos controlar a situação em que ainda por volta das 19h00 haviam focos do fogo nos acampamentos.
fonte: santoamaronoticias.blogspot.com

Um comentário:

  1. OH, MEU SANTO AMARO DA PURIFICAÇÃO ROGAI POR NÓS BRASILEIROS CIGANOS E NÃO CIGANOS BRASILEIROS!

    Às margens do rio Traripe viveram os primeiros colonizadores, no local um incidente trágico causou a morte de um jesuíta, o que fez os moradores se deslocarem para um local próximo, onde construíram uma capela para Santo Amaro. Neste ponto desenvolveu-se a cidade. Em 1837 transforma-se em cidade, com o nome oficial de Leal Cidade de Santo Amaro, hoje Santo Amaro ou como muitos falam Santo Amaro da Purificação.
    O preconceito e a intolerância estão fundamentados na insegurança e no medo. A falta de ação do governo federal faz dos Estados, pequenas “ilhas” rodeadas por um mar de insegurança e medo. Mas todos nós brasileiros, de etnia cigana ou não, não somos iguais a “Robson Crusoé” desterrados em uma “ilha” cuja principal atividade seja manter nossa sobrevivência. Ciganos e não ciganos do Brasil são brasileiros! E devemos viver em sociedade. E viver em sociedade implica em entrar em contato com mentes que pensam de forma diferente e em alguns casos portadoras de valores étnicos diferenciados. Obviamente que essa relação social gera as contradições e os inevitáveis choques culturais. E é justamente nesse momento que devemos praticar a tolerância que nada mais representa do que o respeito para com os valores alheios. Diante do lamentável fato ocorrido no último dia 03 de junho quando cerca de 600 pessoas atearam fogo em um acampamento por “retaliação” à morte de um não cigano, fazendo com que crianças, idosos e mulheres brasileiros de etnia cigana tivessem que abandonar suas casas (tendas) para não morrerem queimados, devemos nos lembrar de Voltaire, “ Não concordo com nada do que você diz, mas defenderei o seu direito de dizê-lo até o fim”. Esse pensamento e atitude são primordiais para garantir o respeito que devemos ter para com nossos semelhantes. E respeitar não significa nos silenciarmos diante dos conflitos. E Voltaire não disse: “ Não concordo com nada do que você faz, mas defenderei o seu direito de fazê-lo”.
    A problemática na equação dessas necessidades com relação ao respeito aos nossos semelhantes reside no seguinte fato: um sábio pode se colocar no lugar de um ignorante, mas um ignorante não tem como se colocar no lugar do sábio, porque lhe faltam condições para bem avaliar o que é a sabedoria. Em outras palavras: O Governo Federal não desenvolve políticas efetivas nesse sentido, apenas cumpre agendas de apelo internacional, através da Secretaria de Direitos Humanos, da Secretaria de Políticas da Promoção da Igualdade; e a Imprensa brasileira continua generalizadora e discriminatória, pois, no último dia 24 de maio Dia Nacional do Cigano não houve espaço significativo para a data, mas quando se trata de disseminar a insegurança e o medo o espaço está garantido como manchete.
    No século XVIII, Voltaire, em seu Dicionário Filosófico, se perguntava: “O que é a intolerância?” E, respondia: “É um dom da humanidade. Estamos todos insensíveis pelas nossas debilidades e erros; perdoemo-nos reciprocamente nossas tolices, é a primeira lei da natureza”.

    A liberdade dessas pessoas que atearam fogo nas casas (tendas) dos ciganos de Santo Amaro da Purificação reside na permissividade de todas as formas de poder dessa cidade, indo desde a permissividade do poder policial ao silêncio dos poderes ideológicos. Resta-nos rezar e pedir ao Santo Amaro da Purificação que amanhã ou depois, se um favelado envolvido em uma desinteligência tirar a vida de alguém, os “cidadãos” da região não toquem fogo em toda a Favela em forma de retaliação.
    A liberdade não é para qualquer um, muito menos para aqueles que não conseguem dominar os seus caprichos. Não se consegue ser livre quando se é fraco. A liberdade é dom exclusivo dos homens de têmpera, que sabem discernir o que exige a justiça e o bem-estar dos outros e livremente se dispõem a executá-lo (Dosoiewsky).

    Nicolas Ramanush
    presidente Embaixada Cigana do Brasil – Phralipen Romani
    cópias desta nota de repúdio foram enviadas aos órgãos governamentais ligados a esta questão.

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