Aos 70 anos
Morreu o cineasta francês Claude Miller
O realizador francês Claude Miller morreu nesta quarta-feira à noite em Paris. O cineasta, que pertence à mesma geração de André Téchiné e Benoît Jacquot, tinha 70 anos e estava doente com cancro há vários meses.
Com uma carreira de mais de 30 anos, Claude Miller é realizador de mais de uma dezena de filmes. Revelou-se no mundo cinematográfico com "La Meilleure Façon de marcher", em 1976, e é autor de "L'effrontée" (1985), que deu a conhecer a actriz Charlotte Gainsbourg, e "Un secret" (2007), sobre uma família judia francesa que se fazia passar por católica durante a II Guerra Mundial para escapar às perseguições nazis.
Pouco depois do anúncio da sua morte esta manhã, o Festival de Cannes, que em 1998 atribuiu o prémio especial do júri a "La Classe de Neige", lembrou o actor com uma curta mensagem no Twitter: "Dia de tristeza, Claude Miller morreu".
Na edição francesa do Huffington Post, Gilles Jacob, presidente do Festival de Cannes, escreve que Claude Miller pertence a uma "geração de cineastas septuagenários que está a desaparecer aos poucos e poucos", lembrando Alain Corneau, Claude Sautet e Jacques Deray.
Antigo colaborador de François Truffaut, Claude Miller foi um cineasta "do tremor e da sensibilidade", continua Gilles Jacob. "Um cineasta competente, humilde e sorridente, e com a humildade de Claude Miller, será unanimemente chorado", termina.
Nascido a 20 de Fevereiro de 1942 em Paris, Claude Miller começou a sua carreira como assistente de Marcel Carné. O seu primeiro grande êxito chegou às salas em 1981, com "Garde à vue", protagonizado por Lino Ventura e Michel Serrault.
Entre os filmes realizados por si destacam-se "L'effrontée", em 1985, "A Pequena Ladra", em 1988, "Mortelle randonnée", em 1983, e a "A Pequena Lili", em 2003.
"Voyez comme ils dansent" foi o seu último filme e chegou aos cinemas em Julho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário