BOLSA DE VALORES

Bolsa acelera ganhos e sobe mais de 1%; dólar recua a R4 182

 

SÃO PAULO - O dólar comercial ampliou a queda e às 10h45m operava com desvalorização de 0,38%, recuando do patamar de R$ 1,83. A divisa americana estava sendo cotada a R$ 1,8280 na venda e R$ 1,8260 na compra. Na quarta-feira, o dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,10% , sendo negociado a R$ 1,8350 na venda e a R$ 1,8330 na compra. O Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), acelerou a alta e , no memso horário, tinha ganho de 1,18% aos 61.981 pontos.

Na quarta, mercado de ações local não seguiu a recuperação das bolsas de valores internacionais e fechou em queda de 0,72% aos 61.293 pontos e volume negociado de R$ 7,1 bilhões. Foi o terceiro pregão de baixa consecutivo. A Bovespa foi uma das únicas a fechar com perda, puxada principalmente por ações do setor energético e mineradoras. As ações da Eletropaulo (ELPL4) sentiram o efeito do processo de revisão tarifária de suas concessões e fecharam em baixa de 4,37%.
Nos Estados Unidos, os pedidos de seguro-desemprego aumentaram em 13 mil, para 380 mil na semana até o dia 7, informou o Departamento de Trabalho nesta quinta-feira. Foi o maior aumento semanal do número de pedidos em quase um ano e deve provocar mau-humor nos investidores. Economistas previam aumento de mil pedidos, para 358 mil.
- O indicador veio acima do que o mercado esperava - 355 mil pedidos de seguro desemprego - diz Guido Chagas, sócio e gestor da Humaitá Investimentos.
Mesmo assim, as Bolsas americanas abriram o dia em alta. O Dow Jones se valoriza 0,17%; o S&P tem ganho de 0,14% e o Nasdaq sobe 0,24%.
Uma notícia positiva veio do déficit comercial. O déficit teve, em fevereiro, sua maior queda em quase três anos, motivado por um recorde nas exportações e pela queda nas importações de petróleos e produtos chineses. O déficit de bens e serviços caiu 12,4% em fevereiro, no maior recuo desde maio de 2009, para US$ 46,03 bilhões, informou o Departamento de Comércio nesta quinta-feira.
Também nos EUA, o Bureau of Labor Statistics (BLS) informou que a inflação ao atacado nos EUA, o PPI (Producer Prices Index), ficou estável no índice cheio e subiu 0,3% no núcleo, abaixo da projeção do mercado, que esperava alta de 0,3% no índice cheio e 0,2% no núcleo.
- Na próxima semana, começam a ser divulgados os balanços de empresas nos EUA. Os resultados devem espelhar como anda a recuperação da economia do país e como esse movimento está refletindo nos resultados das empresas - avalia Jason Vieira, da Corretora América do Sul.
Na Europa, as principais Bolsas operam sem tendência definida. O índice Dax, da Bolsa de Frankfurt, sobe 0,05%, o Ibex, da Bolsa de Madri, perde 1,15%; o Cac, da Bolsa de Paris, se desvaloriza 0,35% e o FTSE, da Bolsa de Londres, sobe 0,17%.
A Itália fez um leilão de títulos de três anos, nesta quinta, e voltou a pagar juro mais elevado. O Tesouro italiano vendeu 4,885 bilhões de euros, perto do teto da meta, que era de 5 bilhões de euros. Os investidores estão preocupados com a capacidade da Itália e também da Espanha de se refinanciar.
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da França subiu 0,8% em março. Em fevereiro, o indicador havia registrado alta de 0,4%. Na comparação com março de 2011, a alta foi de 2,3%, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Estudos Econômicos (Insee).
Nesta quinta, a Organização Mundial do Comércio (OMC) informou que prevê uma alta de 3,7% no comércio este ano, após um crescimento de 5% em 2011. Em 2010, o comércio havia se expandido 13,8%, mas uma série de fatores, inclusive a crise na zona do euro, afetou as economias globais e reduziu o ritmo do comércio.
Na Ásia, os principais mercados subiram com o bom desempenho dos mercados americanos e europeus na quarta. Os investidores também se animaram com a informação de que o Banco Mundial projeta crescimento de 8,2% para a economia chinesa este ano e de 8,6% para 2013. O índice Nikkei, da bolsa de Tóquio, subiu 0,70%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 0,93%, enquanto na China, o índice Xangai Composto avançou 1,82% e o Shenzhen Composto se elevou em 1,95%. O índice Kospi, da Coreia do Sul, recuou 0,39%.