Agentes da Delegacia da Pavuna (39ª DP) investigam se os traficantes do morro do Chapadão, em Costa Barros, na zona norte do Rio de Janeiro, pretendiam resgatar algum traficante preso. A hipótese passou a ser considerada após a Polícia Militar recuperar dois carros, na quarta-feira (10), que estavam sendo clonadospara ficarem idênticos aos usados pela Polícia Civil.
Para os investigadores, o resgate de comparsas é o principal motivo para o uso das falsas viaturas pelos criminosos. Outra possibilidade é usar os carros para invadir comunidades dominadas por facções criminosas rivais, tendo livre acesso no trajeto, como avalia um policial que prefere não se identificar:
— Só uma ação ousada e de muita importância para a organização criminosa justifica o trabalho que os criminosos têm para montar esses carros, como o resgate de uma liderança, por exemplo.
Poucas horas depois de o BPChoque apreender as falsas viaturas, PMs do Batalhão de Irajá (41º BPM) encontraram 20 camisas idênticas aos uniformes usados pela Polícia Civil. O material estava encaixotado dentro de uma casa em construção, na rua General Moreira César, entre os morros do Chapadão e Job, entre os bairros da Pavuna e Costa Barros.
Para a polícia, a quantidade de camisas dá uma dimensão da quantidade de criminosos que iriam participar da ação criminosa planejada pelos traficantes.
No último dia 1º, o chefe do tráfico do Chapadão, Luis Fernando Nascimento Ferreira; o Nando Bacalhau, foi preso dentro de um apartamento em Guarulhos, São Paulo. Um dos carros clonados foi roubado em maio, cinco meses antes da prisão do traficante.
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