O Ministério Público do Paraná informou, nesta segunda-feira (15), que vai investigar o desaparecimento do jornalista Anderson Leandro da Silva, que sumiu na quarta-feira (10), na Região de Curitiba. O grupo especial Tigre, da Polícia Civil, também passou a investigar o sumiço do jornalista.
De acordo com a família, Anderson é ligado a sindicatos, movimentos sociais e com a Igreja Católica. Ele é dono de uma produtora de vídeo e, em 2008, flagrou o momento em que, durante uma ação de reintegraç de posse, um policial militar atirou contra um grupo de jornalistas.
No dia em que sumiu, ele havia saído da produtora para ir até a cidade de Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba com o objetivo de fechar um suposto roteiro para um trabalho. “Ou não chegou [ao local], ou chegou e falou com essa pessoa. Ninguém reclamou que ele não chegou para fazer esse roteiro”, conta o irmão do desaparecido, Antônio da Silva.
A família conseguiu a quebra do sigilo telefônico de Anderson. Nos registros, consta que ele fez ou recebeu uma ligação, em Quatro Barras. Esse telefonema foi efetuado cerca de 30 minutos após ter saído da produtora. Desde o desaparecimento, não houve movimentação nas contas bancárias e o carro que ele usou para ir até o local do encontro com o cliente também não foi encontrado.
Em nota, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor-PR) e a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) alertam para os indícios do que seria mais um atentado contra um jornalista por causa do trabalho que efetua. As duas instituições pedem que seja feita uma apuração urgente dos fatos.
Fonte: G1
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