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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

INTERNACIONAL

Papandreou desiste de referendo sobre plano de ajuda

Primeiro-ministro recua da intenção de realizar consulta popular após chegar a um acordo com partidos de oposição na Grécia

  O premiê grego, George Papandreou, participa de reunião ministerial de emergência em Atenas (Reuters)
O primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, do Partido Socialista (PASOK), descartou nesta quinta-feira a realização do referendo sobre o plano de ajuda internacional a seu país após ter recebido o apoio dos partidos mais conservadores ao acordo do eurogrupo sobre o segundo resgate da economia grega, informou nesta quinta-feira seu escritório em Atenas. O cancelamento mostra um recuo do premiê, pois, ainda nesta quarta-feira, após reunião com líderes europeus em Cannes, ele havia mantido a intenção de realizar a consulta popular.
No encontro desta terça, as autoridades da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional concordaram com a realização do pleito, mas, em represália, suspenderam a liberação da sexta parcela de ajuda internacional ao país de 8 bilhões de euros, prevista para dezembro. No dia 19 daquele mês, Atenas terá de pagar parte dos vencimentos do principal e dos juros da dívida soberana. Para o mês inteiro, segundo o Financial Times, o país terá de desembolsar o mesmo valor do socorro europeu e do FMI: 8 bilhões de euros.
'Não vamos a um plebiscito, que nunca foi um fim em si mesmo, e saúdo a posição da oposição conservadora que está disposta a ratificar no Parlamento o acordo da cúpula de Bruxelas', disse o premiê nesta quinta-feira. O portal do jornal britânico The Guardian informou que Papandreou admitiu publicamente que não há mais condições para a realização da consulta popular.
Próximo passo – Nesta sexta-feira, o Parlamento grego votará e deve aprovar a moção de confiança para Papandreou e também os termos do plano de ajuda costurados pela União Europeia e o FMI. Com a adesão ao pacote dos partidos mais conservadores, que eram os rivais mais aguerridos do primeiro-ministro, as chances de ratificação são altas.

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