Sociedade
São Paulo realiza primeiro casamento gay da cidade
Professor Mário Grego, de 46 anos, e o técnico em enfermagem, Gledson Perrone, de 32 anos, estão juntos desde 2002
Mário Grego e Gledson Perrone beijam-se no cartório de Itaquera região leste da capital paulista (Mário Grego e Gledson Perrone)
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O casal, que vestia uma camiseta ilustrada por uma foto de ambos, mudou de nome e um vai adotar o sobrenome do outro. Os noivos se emocionaram bastante durante o casamento. "É muito lindo você lutar e conseguir", afirmou o agora chamado Mário Perrone Grego, que chorou muito. "Foi uma emoção só, foi a conquista de um direito que estávamos lutando há anos", completou.Gledson afirmou que a união o fazia se sentir "mais igual aos outros cidadãos". Cerca de 25 pessoas, entre familiares Mário e amigos do casal, acompanharam a cerimônia em Itaquera. A família de Gledson não compareceu, porque ainda não apoia a união. O casamento foi realizado pela juíza Janete Berto Pereira, que, empolgada, afirmou que em 25 anos de profissão, nunca havia casado pessoas de mesmo sexo.
Anteriormente chamados Mário Domingos Grego e Gledson Perrone Cordeiro, os noivos fizeram questão de casar no bairro onde moram para incentivar o casamento de outros casais homossexuais, provando que os direitos também são válidos na periferia. Além de casados, eles já possuem uma casa em Itaquera.
Para Gledson, o casamento civil é mais legítimo que a união estável, pois a Justiça passa a considerá-los um casal, com todos os direitos trabalhistas e previdenciários, e também fica pressuposto o laço de afeto que existe entre os dois. Mário enumerou alguns dos direitos conquistados pelo casal: "Temos direito a herança de bens, união na declaração de imposto de renda e também a questões relacionadas à previdência ficam mais fáceis", conta. No caso de Gledson e Mário o casamento foi feito por comunhão parcial de bens.
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