O número de vítimas foi confirmado pela governadora do Estado Falcón, no norte do país, Stella Lugo. Entre as vítimas, estava um menino de 10 anos.
A explosão aconteceu na zona de tanques de gás da refinaria Amuay, a maior das três que formam o complexo, e causou um incêndio que atingiu edifícios próximos.
No entanto, as autoridades dizem que o fogo foi controlado rapidamente e que não deve se espalhar.
— As áreas que tinham de ser evacuadas foram evacuadas, mas a
situação, segundo me dizem os técnicos da refinaria, está controlada.
A refinaria Amuay produz cerca de 645 mil barris de petróleo por dia.
Vazamento de gás
O ministro de Energia e Petróleo da Venezuela, Rafael Ramírez, culpou um "vazamento de gás" pelo incidente, que aconteceu na madrugada deste sábado.
— O acúmulo de gás criou uma nuvem que explodiu e provocou incêndios em pelo menos dois tanques da refinaria e nas áreas ao redor. A explosão foi de grande magnitude, por isso há danos notáveis na infraestrutura e em residências que estavam em frente à refinaria.
Horas antes, no Twitter, o vice-presidente do país, Elías Jaua, disse que "em Amuay, os danos são sérios" e anunciou que o governo estava enviando ambulâncias e equipes das Forças Armadas ao local.
'Falta de investimento'
Na Venezuela, o país com as maiores reservas de petróleo mapeadas do mundo, a manutenção das refinarias é uma fonte recorrente de polêmica entre funcionários do governo e especialistas da oposição, segundo o correspondente da BBC Mundo, serviço em espanhol da BBC, na Venezuela, Abraham Zamorano.
Ex-diretores da empresa estatal PVDSA (Petróleos de Venezuela), afirmam que a empresa não investe o suficiente na manutenção das instalações.
De acordo com Zamorano, eles discordam da atuação do presidente Hugo Chávez, que destina boa parte dos recursos da petrolífera para políticas sociais.
A polêmica mais recente envolvendo o assunto aconteceu após a notícia de que o país precisaria importar gasolina dos Estados Unidos para atender a sua demanda interna, o que os especialistas também atribuem à falta de investimento nas refinarias nacionais.
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