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sábado, 25 de fevereiro de 2012

Jovens querem participação política




Em meio à crise no mundo muçulmano, que já dura mais de um ano, o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Ahmet Davutoglu, fez hoje, em Istambul, palestra para 25 embaixadores que comandam as representações brasileiras em países do Oriente Médio e do Norte da África. Em cerca de uma hora, Davutoglu falou sobre a busca por dignidade das populações destes países após anos de sofrimento.

Diplomatas que assistiram à palestra disseram à Agência Brasil que, para o chanceler turco, as manifestações e os protestos vistos desde o ano passado em vários países muçulmanos resultam do desejo das novas gerações por mais participação política e democrática. O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, também assistiu à palestra de Davutoglu.

Patriota está na capital turca desde quinta-feira (23), para participar da conferência Contribuindo para a Paz pela Mediação, que reúne representantes de 25 países de vários continentes empenhados em buscar o fim da onda de violência na Síria e em outras regiões do Oriente Médio e Norte da África.

De acordo com diplomatas brasileiros, Patriota conversou com os embaixadores do Brasil lotados em países das duas regiões para fazer uma avaliação sobre os recentes episódios no mundo muçulmano. O objetivo é definir uma ação diplomática brasileira nos campos bilateral, regional e multilateral, nos planos político, econômico e comercial.

Participaram das reuniões em Istambul os embaixadores brasileiros que atuam na Arábia Saudita, na Argélia, no Barein, no Catar, no Egito, nos Emirados Árabes Unidos, no Iêmen, no Irã, no Iraque, em Israel, na Jordânia, no Kwait, no Líbano, na Líbia, no Marrocos, em Omã, na Palestina, na Síria, no Sudão, na Tunísia e na Turquia.

Em Istambul, o chanceler brasileiro reiterou que é preciso encontrar uma solução pacífica para a crise na Síria e evitar a adoção de meios militares para acabar com o impasse. O ministro ratificou ainda que o Brasil apoia o plano da Liga Árabe, que reúne 22 nações, de estancar a violência por meio da diplomacia e da transição democrática.

Há três dias, durante sessão na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), Patriota defendeu a necessidade de preservar e conceder garantias para os civis ameaçados pelos confrontos. É o chamado conceito da responsabilidade ao proteger. Para o Brasil, é fundamental buscar caminhos pacíficos para encerrar crises e controvérsias.
Da Agência Brasil

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