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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Estado palestino: ministros israelenses ameaçam estabelecer sanções

É já na sexta-feira que a Palestina vai pedir às Nações Unidas que a aceitem como membro de pleno direito. O Presidente da Autoridade ro (com agências) (www.expresso.pt)Palestiniana, Mahmoud Abbas, tem-se desdobrado em reuniões ao longo da semana para tentar garantir os dois terços de votos favoráveis exigidos na Assembleia-Geral da ONU.
Os Presidentes francês, Nicolas Sarkozy, e libanês, Michel Suleiman, estão entre os líderes com quem Abbas se vai encontrar até sexta-feira, dia do seu discurso na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque. Desde 1988, a Palestina já foi reconhecida como Estado por 126 dos 193 países membros da ONU (65,3% do total), pelo que a fasquia dos dois terços é alcançável.
A possibilidade de a votação ter lugar - o que só sucederia daqui a semanas ou meses - inquieta Israel, cujo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, prefere retomar as negociações diretas com os palestinianos. Já pediu a Abbas uma reunião bilateral em Nova Iorque, e futuros encontros em Jerusalém e Ramallah. Um porta-voz do Governo do Estado hebraico considera, em declarações feitas hoje à agência Associated Press, que o pedido de Abbas à ONU "viola o espírito e a letra dos compromissos assinados" com Israel.
Mas o palestiniano rejeita a "pressão tremenda" e diz que não deixará cair o pedido de adesão. Um assessor seu afirmou à Associated Press que o mesmo chegará ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, na sexta-feira.

Veto americano é certo


A questão palestiniana tem tudo para acender tensões na Assembleia-Geral. Preocupados, os membros do Quarteto mediador do Médio Oriente (EUA, ONU, UE e Rússia) têm-se esforçado por alcançar uma solução de compromisso. Pretendem convencer os palestinianos a desistirem de fazer imediatamente o pedido de reconhecimento, em troca de garantias por parte de Israel.
A candidatura a membro da ONU requer, da parte do país aspirante, a aceitação da Carta das Nações Unidas e a garantia de se tratar de um país pacífico. É previsível que o secretário-geral envie o pedido palestiniano ao Conselho de Segurança da ONU, que terá de aprová-lo antes da votação na Assembleia-Geral, que tem 193 membros. Ora, no Conselho de Segurança o pedido esbarrará no veto anunciado dos Estados Unidos da América. Washington gostaria, porém, de evitar ter de utilizar esse poder.
Os EUA são - com a China, o Reino Unido, a França e a Rússia - os membros permanentes com direito a veto. O Conselho tem mais dez membros não-permanentes e sem direito a veto, um dos quais é atualmente Portugal, país sem posição definida relativamente à possível votação do reconhecimento da Palestina. O Governo tem afirmado querer esperar por uma escolha conjunta da União Europeia.
"A única forma de resolver o problema israelo-palestiniano é através de negociações diretas", defende Alain Juppé, ministro dos Negócios Estrangeiros francês. A sua homóloga dos Estados Unidos, Hillary Clinton, defende a mesma solução. Washington poderá suspender parte da ajuda financeira que dá à Palestina se Abbas insistir no pedido de reconhecimento.
Caso se verifiquem o pedido palestiniano e o subsequente veto americano, Abbas poderá pedir para a Palestina se tornar um Estado não-membro observador na ONU, o que seria apenas uma vitória simbólica.

fonte aelou

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