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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Incêndio no RS: jovem morre e número de vítimas sobe para 236


Hospital Pronto Socorro confirma a morte de jovem de 20 anos que estava internado
    Do R7
    Reprodução/Facebook
    A tragédia de Santa Maria teve mais uma morte confirmada no fim da noite desta quinta-feira (31). Matheus Rafael Raschen, de 20 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu por volta das 22h no Hospital Pronto Socorro, em Porto Alegre. Com essa confirmação, sobe para 236 o número de vítimas no trágico incêndio da boate Kiss, em Santa Maria.
    Matheus era estudante de tecnologia em alimentos da Universidade Federal de Santa Maria. O jovem foi internado no último domingo após problemas respiratórios, pois inalou a fumaça tóxica no local. O universitário chegou a defender a seleção brasileira de basquete nas categorias de base. Também jogou na seleção gaúcha de base e passou por equipes do interior do Estado.
    Segundo o último balanço do Ministério da Saúde divulgado nesta quinta-feira (31), 127 pessoas continuam internadas em hospitais da cidade e de outros municípios do Rio Grande do Sul, como Porto Alegre, Canoas, Caxias do Sul e Ijuí. Desse total, 71 estão em estado crítico e correm risco de morte.
    A tragédia
    O incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, a 290 km de Porto Alegre, deixou agora 236 mortos e mais de cem feridos. O fogo teria começado quando a banda Gurizada Fandangueira se apresentava. Segundo testemunhas, durante o show foi utilizado um sinalizador — uma espécie de fogo de artifício chamado "sputnik" — que, ao ser lançado, atingiu a espuma do isolamento acústico, no teto da boate. As chamas se alastraram em poucos minutos.
    A investigação
    Vence nesta sexta-feira (1º) a prisão temporária de cinco dias dos dois donos da boate Kiss e dos dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira. Os empresários, Mauro Hoffmann e Elissandro Spohr, e os músicos, Marcelo dos Santos e Luciano Leão, tiveram a prisão decretada na segunda-feira (28). A saída ou a permanência deles na cadeia ainda depende de uma decisão judicial, que não havia sido tomada até o fim da noite de quinta-feira (31).
    O único que não está no presídio é Elissandro. Ele precisou ser hospitalizado depois do incêndio na casa noturna e está internado sob custódia, na cidade de Cruz Alta. Segundo a polícia, ele tentou se matar usando a mangueira do chuveiro, na noite de terça-feira (29).
    Apesar de o delegado Marcelo Arigony admitir dificuldades nos argumentos para o pedido de prorrogação da prisão temporária, ele insiste que há necessidade de que os quatro continuem na cadeia.
    — Pedimos a prisão temporária por 30 dias e só conseguimos cinco. Agora precisamos renovar essas prisões e estamos com dificuldade. Não é culpa do promotor, do juiz ou do delegado, é a legislação que exige requisitos muito específicos.
    O pedido será feito ao juiz, mas antes deve ser submetido à análise do Ministério Público. O promotor Joel Dutra confirmou que pode ser que não haja elementos suficientes para mantê-los presos.
    — É preciso comprovar requisitos muito específicos [de acordo com a jurisprudência], como a possibilidade de fuga ou a reincidência no crime, coisas que aparentemente não são prováveis de acontecer neste caso.  
    Assista ao vídeo:

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