A polícia russa, alertada por excursionistas, encontrou 248 fetos humanos, provavelmente resultantes de abortos, em um bosque de Sverdlovsk, na região dos Urais, informaram esta terça-feira fontes judiciais locais.
"Estamos investigando esta descoberta. Esperamos os resultados", disse uma porta-voz da promotoria, sem dar maiores detalhes. Elena Mizulina, presidente da Comissão pela Família, as Mulheres e a Infância da Duma (Parlamento russo), denunciou a existência de uma filial clandestina que negociaria fetos de abortos tardios para a produção de cosméticos.
As circunstâncias do caso permitem "chegar à conclusão de que temos pistas de um comércio criminoso" de fetos, disse Mizulina. Segundo ela, informações não confirmadas da imprensa indicam que os embriões encontrados têm entre 10 e 15 centímetros, tratando-se, portanto, de fetos que excedem o prazo previsto na lei para um aborto.
"Todos os anos são praticados entre 5 e 6 milhões de abortos clandestinos na Rússia, clandestinos porque são realizados além do prazo autorizado pela lei" (de 12 semanas de gestação), disse.
Autorizado pouco depois da Revolução Bolchevique de 1917, o aborto é amplamente praticado na Rússia, onde a pílula anticoncepcional era praticamente desconhecida até o fim do regime soviético, em 1991. De acordo com as estatísticas russas, 1,2 milhão de abortos são registrados todos os anos na Rússia, um número oficial robusto se comparado ao 1,7 milhão de crianças que nascem anualmente.
FONTE: terra
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