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terça-feira, 7 de agosto de 2012

Conheça os estragos avassaladores das bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki

publicado em 06/08/2012 às 04h57


Conheça os estragos avassaladores das bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki

Explosão de bombas atômicas nas cidades japonesas mataram mais de 300 mil pessoas.
Do R7
As bombas atômicas lançadas pelos Estados Unidos sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki no final da 2ª Guerra Mundial foram um marco na história mundial. A violência e os estragos das explosões foram os maiores até então e, 67 anos depois, nenhum outro ataque teve as proporções tão instantâneas e assustadoras quanto a agressão nuclear vista nos dias 6 e 9 de agosto de 1945.

Os efeitos das bombas sobre a população japonesa foram esmagadores. Em Hiroshima, a bomba explodiu a 600 m de altura. Já em Nagasaki, a explosão aconteceu a 503 m do chão. Com as detonações, foram formadas imensas bolas de fogo, conhecidas como cogumelos atômicos, com uma temperatura de aproximadamente 4 .000ºC.

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Armas proibidas: um legado de dor e sofrimento

Segundo Emico Okuno, Professora do Departamento de Física Nuclear do Instituto de Física da Universidade de São Paulo, grande parte das mortes imediatas — no dia ou durante a primeira semana após a explosão da bomba — é atribuída a queimaduras fatais.

— No momento da explosão, algumas pessoas desapareceram vaporizadas, não deixando cadáveres. Graças à pressão causada pelas explosões, as pessoas que estavam na rua ou mesmo dentro de casas ou edifícios foram lançadas vários metros no ar — diz a professora.

A radiação liberada pelas bombas também causou milhares de mortes. A exposição dos japoneses às altas doses de radiação causou diferentes doenças, de náuseas ao câncer.

— Alguns dos sintomas agudos foram digestivos, neurológicos, sintomas de debilidade, hemorragias, inflamações, problemas sanguíneos e irregularidades nos órgãos reprodutores.

A longo prazo, as bombas nucleares continuaram matando japoneses. Segundo a professora Emico, a leucemia — tipo predominante de câncer nos sobreviventes da explosão — teve seu pico entre 1950 e 1960. Mais de seis décadas depois do ataque, ainda há pessoas que sofrem de câncer graças à exposição à radiação das bombas.
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Imagem mostra destruição e mortos após explosão em Hiroshima. Créditos: Reprodução

Níveis normais


Segundo Emico, “o nível de radioatividade em Hiroshima e Nagasaki hoje é praticamente similar ao de outras localidades”.

— [Novos] efeitos só poderão surgir nas pessoas que estiveram em Hiroshima ou Nagasaki pouco tempo após a explosão das bombas.

Testes nucleares


De acordo com Emico, de 1945 a 1996 foram realizados mais de 2000 testes nucleares pelos países detentores de bombas atômicas, que as desenvolvem para demonstrar seu poderio militar.

Navios militares foram utilizados em testes realizados no oceano por Estados Unidos e Japão, que buscavam analisar o poder avassalador das bombas atômicas.

A Índia, o Paquistão e a Coreia do Norte também já realizaram testes nucleares, causando desconfiança da comunidade internacional, que questiona os reais motivos pelos quais estes países se dedicam ao desenvolvimento nuclear.

Mesmo com a pesquisa sobre bombas atômicas sendo realizada em vários países, a professora Emico não acredita que ataques do gênero voltem a acontecer em possíveis conflitos entre duas nações.

Confira abaixo os números dos testes nucleares realizados desde 1945 e os países responsáveis por eles:
Testes nucleares realizados desde 1945
Veja os países que mais explodiram bombas
PaísPrincipais locais de explosãoQuantidadePrimeiraÚltima

USA
Deserto de Nevada, arquipélago das ilhas Marshall (66 testes de 1946 a 1958)
1054
19451992

Rússia
(Ex-União Soviética)
Sibéria
715
19491990

França
Algéria, Atol de Moruroa, de Fangataufa
210
19601996

Reino Unido
Austrália, Christmas Island
45
19521991

China
China
45
19641996
*colaborou Giovanna Arruda, estagiária do R7




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