Pelo menos sete pessoas morreram neste domingo quando tiros foram
disparados em um templo sikh na cidade de Oak Creek, no Estado americano
de Wisconsin. Entre as vítimas, está o suspeito pelo ataque, que foi
morto pela polícia.
Autoridades disseram que quatro pessoas foram encontradas
mortas dentro do prédio e três - incluindo o suspeito - do lado de fora
do templo, frequentado por adeptos do sikhismo, religião criada na Índia
que combina hinduísmo e islã.
Ainda não há precisão no número de feridos, mas ao menos três
pessoas estão em estado grave. Segundo informações da polícia local, o
nome do atirador e suas características físicas não devem ser reveladas
ainda neste domingo. O caso está sendo tratado como um "ato de
terrorismo doméstico" pelas autoridades. Leia também:Saiba quais foram os ataques mais mortais dos últimos 20 anos nos EUA
AP
Homem reza em frente a templo sikh em Oak Creek, Wisconsin, onde tiros foram disparados
O suspeito atirou no primeiro policial que respondeu à
ocorrência. O policial, que está internado mas deve sobreviver, atirou
de volta e matou o homem, que não foi identificado.
A polícia de Oak Creek, uma cidade de 30 mil habitantes
localizada ao sul de Milwaukee, foi chamada por volta das 10h30 no
horário local (12h30 de Brasília). Pelo menos 12 ambulâncias prestaram
socorro e a polícia fez um cordão de isolamento para impedir a
aproximação de jornalistas e curiosos.
Um policial foi baleado diversas vezes, mas deve sobreviver,
segundo Bradley Wentlandt, chefe da polícia de Greenfield. O policial
afirmou também que os serviços de segurança do país estão tentando
tornar a a área segura e novas informações serão dadas em breve.
Grupos de defesa dos direitos da comunidade sikh relataram um aumento no número de ataques desde os ataques do 11 de Setembro. De acordo com a Coalizão Sikh, que tem cede em Washington, mais de 700 incidentes foram registrados desde então.
De acordo com especialistas, o fato de adeptos do sikhismo
usarem barbas longas e turbantes faz com que muitas vezes sejam
confundidos com muçulmanos. A religião tem cerca de 27 milhões de fiéis
em todo o mundo, a maioria na Índia. Cerca de 500 mil vivem nos Estados
Unidos. Obama solidário com famílias
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi informado do
tiroteio pouco depois da tragédia, anunciou uma fonte oficial da Casa
Branca. John Brennan, conselheiro de Obama para contraterrorismo,
informou o presidente sobre o assunto. Ele continua recebendo
informações atualizadas a respeito do episódio ocorrido nos subúrbios de
Milwaukee, segundo a fonte.
Obama declarou estar "profundamente entristecido" com o episódio e
afirmou que sua administração vai fornecer toda a ajuda necessária para
reagir ao episódio e investigá-lo. "Nossos corações estão com as
famílias e amigos daqueles que foram mortos e feridos", disse em
comunicado divulgado pela Casa Branca.
O país ainda se recupera do choque causado por um ataque a um cinema que deixou 12 mortos em Aurora, no Colorado, em 20 de julho, durante a estreia do filme "Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge".
James Holmes, 24 anos, responderá a 142 acusações
pelo ataque - sendo 12 de assassinato em primeiro grau, 12 de
assassinato com extrema indiferença e 116 de tentativa de assassinato.
Nenhum comentário:
Postar um comentário